Referência no país no estudo e pesquisa da memória o Hospital Israelita Albert Einstein , localizado na cidade de São Paulo, define memória, seu funcionamento e falhas de maneira que possamos entender com mais facilidade para identificar métodos de tratamento mais específicos.
“A memória é uma forma de registrar informações, como se fosse um arquivo e, como todo processo de arquivamento, exige atenção”, define dr. Fábio Nasri, médico do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Mecanismos de funcionamento
A memória é um processo complexo que utiliza os cinco sentidos para captar informações e envolve diferentes habilidades e estágios. Falhas em qualquer uma das etapas pode resultar na perda da informação.- Atenção: habilidade de estar atento para absorver as informações.
- Registro / Codificação: registro inicial da informação, assim que é recebida pelo cérebro. Nesse estágio é determinado se o dado será armazenado ou não e isso vai depender da atenção despendida e do quanto a informação é significativa.
- Armazenamento: se a informação foi registrada, ficará armazenada na memória de longo prazo.
- Consolidação: processo de utilização da informação que foi armazenada. Caso um dado não seja utilizado com frequência, será descartado pelo cérebro.
- Evocação / Lembrança: resgate da informação, seja voluntariamente ou porque se fez necessária em algum momento.
Falhas frequentes
Em geral, os problemas de memória começam a se apresentar depois dos 60 anos. Nas pessoas mais jovens, as falhas frequentes estão relacionadas a outros problemas, como distúrbios do sono ou déficit de atenção. “Quem dorme mal, pode mostrar-se mais irritado e com menor capacidade de concentração durante o dia, o que vai incidir diretamente na memória”, explica Camila Prade, neuropsicóloga do Centro de Reabilitação do HIAE.Segundo a neuropsicóloga, a atenção é uma das funções mentais mais atingidas em casos de estresse, depressão, ansiedade e fadiga e, por consequência, os problemas começam a aparecer na memória. “Quando lidamos com muitas informações, nosso cérebro prioriza algumas e descarta outras, assim detalhes como ‘onde está a chave do carro’ podem ser esquecidos e confundidos com problemas de memória”, completa.
Doenças degenerativas
Desde o nascimento, o ser humano perde e repõe neurônios – células nervosas responsáveis pela produção e condução dos estímulos. Com o envelhecimento, a capacidade de reposição dessas células diminui. “Os resultados são as primeiras falhas de memória, como o esquecimento de fatos recentes e nomes”, explica o dr. Nasri.
Nas pessoas mais jovens, as falhas estão relacionadas a problemas, como distúrbios do sono ou déficit de atenção
O aumento da expectativa de vida acarretou mais casos de doenças degenerativas cerebrais. A principal delas é o mal de Alzheimer, o tipo mais frequente de demência, caracterizado pela perda progressiva das funções intelectuais.Segundo o dr. Nasri, os primeiros sinais da doença se manifestam por meio da perda de memória. Os familiares devem estar atentos quando o idoso passa a esquecer nomes e fisionomias com muita frequência, além de compromissos e datas. Outros sinais são falta de assunto e iniciativa, incapacidade de manter um diálogo e respostas monossilábicas.
Memória afiada
Para manter a memória saudável e eficaz é preciso começar a treinar desde cedo. E não basta ler livros ou jornais, é preciso também dialogar, expor opiniões. “Durante a atividade argumentativa, o cérebro é requisitado para opinar e replicar, assim a argumentação é fundamental para a memória. Ao ler um livro, a pessoa pode apenas guardar a informação sem discuti-la, o que não tem o mesmo efeito no cérebro”, afirma o geriatra.Algumas orientações para quem quer manter a memória afiada:
- Alimentação saudável, com baixo teor de gordura para prevenir doenças vasculares;
- Prática de atividades físicas;
- Estilo de vida menos estressante;
- Boa qualidade de sono;
- Estímulo da atividade mental com hobbies e leituras;
- Organização de compromissos;
- Intervalos frequentes entre as atividades para garantir melhor nível de concentração.
O link de referência é http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/memoria.aspx
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